quinta-feira, 19 de junho de 2014

As maravilhas da Alfazema...


Admirada com o trabalho da etnobotânica Vera Froés

"A alfazema é planta de proteção da mulher, segundo a fitoterapeuta Vera Froes. Ela diz que na África as mulheres colocavam ramos de alfazema perto delas para se protegerem dos maus tratos dos maridos. Da alfazema tira-se o óleo essencial que se pode “usar e abusar”, em banhos de crianças, em parturientes, para acalmar o sono, além de ser um repelente suave e indicada para combater dores de cabeça, enxaqueca, labirintite. É a natureza a favor da saúde, a medicina natural a serviço do bem estar.
RECEITA DE CHÁ DE ALFAZEMA – Uso interno
200 gr de alfazema em infusão em álcool de cereais a 70% e 30% de água destilada. Coloque num vidro e deixe no escuro por 21 dias. Depois, tome 30 gotas por dia, em casos de sofrer com dores de cabeça.
RECEITA DE LOÇÃO DE ALFAZEMA
90% de álcool de cereais; 200 gr de alfazema fresca; 5% de água destilada; 5% de essência ou óleo essencial. Deixe de molho por 15 dias. Depois disso, coe e usufrua do calmante perfume da alfazema."




"Dica de manipulação de óleo de massagem de alfazema
750 ml de azeite, óleo de amêndoas ou semente de uva, 50g de folhas e flores secas. Deixar em maceração (de molho) de 20 a 30 dias no sol ou claridade, coando após esse período. Pode ser usado em massagens (Shantala) em bebês e pessoas de pele sensível.


Fonte: www.viridis.com.br"

Extratos glicólicos para uso cosmético

Venho experimentando algumas receitas de shampoo caseiro com ervas, e aprendendo bastante sobre esta experiência. Umas das conclusões que venho tirando sobre, é da importância de conservar melhor as propriedades do produto para que possa ser utilizado por mais tempo. Em função desta constatação, venho procurando estudar sobre a fabricação de extratos herbais. Apesar de saber que no geral, muitos destes preparos exigem tempo e cuidados diários, encontrei uma receita interessante, de preparação relativamente rápida, usando como base a glicerina vegetal líquida. Compartilho aqui esta descoberta...(Pretendo mostrar o resultado em algumas semanas, já na forma de um shampoo).

Extratos glicólicos
Escrito por 

"Os extratos glicólicos são obtidos por processo de maceração, infusão ou percolação de uma erva em um solvente hidroglicólico, podendo ser este o propileno glicol ou a glicerina puros ou com pequena quantidade de água.

Estes extratos têm seu principal uso nos fitocosméticos.

Os extratos glicólicos são os mais utilizados em sabonetes e produtos de perfumaria.


Nestes extratos, em geral, a relação erva/solvente corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca. Isso significa que 200 g de erva seca permitem preparar 1.000 g de extrato glicólico.


Como exemplo, vamos preparar um extrato glicólico de erva-doce:
1. Coletar as sementes de erva-doce e desidratá-las a uma temperatura entre 25 e 40 ºC.
2. Pesar 200 g das sementes desidratadas. 
3. Esmagar (macerar) as sementes em um pilão (ou no liquidificador) até a mesma se transformar em pó. 
4. Colocar o pó em um recipiente de vidro âmbar ou recoberto por papel alumínio e adicionar uma mistura com 900 mL de glicerina e 100 mL de álcool de cereais. 
5. Deixar por 72 horas em repouso com o vidro fechado e ao abrigo de luz e de calor. 
6. Depois colocar a mistura de líquido e pó em uma panela e deixar em banho-maria a uma temperatura de aproximadamente 40 ºC por 1 hora. 
7. Após este tempo, passar a mistura em um filtro de café (filtro de pa-pel ou de algodão). 
8. Guardar em frasco escuro fechado, protegido da luz e do calor.
Tal procedimento pode ser utilizado para todas as plantas para a extração do extrato glicólico.
Mas tenha o cuidado de extrair o extrato glicólico apenas de plantas conhecidas para evitar a extração de substâncias tóxicas e perigosas à saúde.
Quando se tratar de frutas ou legumes suculentos, primeiro trituramos no liquidificador e depois coamos para separar a parte sólida. Desta parte sólida fazemos o extrato.
No caso de frutas pastosas, como a banana e o abacate, podemos fazer a infusão diretamente com a fruta, somente passandoa no liquidificador.
Caso você deseje preparar seu próprio extrato glicólico use uma destas plantas. Mas antes, procure em bibliografias especializadas quais as partes da planta podem ser utilizadas, não inove, para evitar riscos.(...)"

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Farmacinhas comunitárias

"A medicina popular é um sistema de cura utilizado pelo povo para o tratamento de seus diversos males. A sua prática é baseada no conhecimento tradicional, transmitindo de geração em geração e no uso de diversos recursos como: remédios caseiros, dietas alimentares, banhos, benzimentos, orações, aconselhamentos, aplicação de argila, entre outros.

4º Encontro de Parteiras, Benzedeiras e Raizeiras do Cerrado
Esta prática é exercida no cuidado com a família, principalmente pelas mulheres e, em forma de atendimentos de saúde nas comunidades, por diversas categorias de conhecedores tradicionais, ou por organizações comunitárias, como grupos de mulheres, associações de agricultores familiares, pastorais da saúde e da criança, entre outros.
O atendimento de saúde realizado por organizações comunitárias normalmente é realizado em espaços com uma infra-estrutura própria onde são preparados remédios caseiros e realizados atendimento à população de periferias urbanas e comunidades locais.

Os remédios caseiros são preparações que utilizam plantas medicinais e/ou substâncias derivadas de animais como banha de porco, sebo de carneiro, entre outros, e insumos, como: cachaça, óleo, vinho e rapadura. A sua denominação faz referência à tradição, por terem sido desenvolvidos originalmente em casa, utilizando os mesmos recursos de uma cozinha e técnicas semelhantes à preparação de alimentos.
Estes locais de preparação dos remédios caseiros são denominados coletivamente, pelos grupos comunitários que participam da Articulação Pacari, como farmácia ou farmacinha comunitária.
A farmacinha comunitária de plantas medicinais possui espaço próprio, aberto ao público, em local específico na comunidade. A estrutura utilizada é simples e, geralmente adaptada: um ou dois cômodos e um banheiro, além de uma horta de plantas medicinais.
Atendimento de saúde em farmacinha comunitária
Atendimento de saúde em farmacinha comunitária

As farmacinhas comunitárias produzem em média 14 formas de remédios caseiros: garrafada, tintura, xarope, vinagre medicinal, pomada, creme, sabonete, pílula, bala medicinal ou pastilha, doce ou geléia medicinal, óleo medicado, pó, chá (planta seca), e multimistura. Dessas 14 formas, são produzidos, em média 40 tipos diferentes de remédios, com o uso de cerca de 70 espécies de plantas medicinais. Aproximadamente, 40% das plantas utilizadas são nativas do bioma Cerrado.
O funcionamento das farmacinhas se faz principalmente por mulheres, que formam grupos, na maioria das vezes, com o mínimo de 03 e no máximo de 06 participantes.
O trabalho dos grupos comunitários é conhecido pela eficácia de seus tratamentos e exercício de uma prática de saúde confiável e solidária. Uma das principais características desse trabalho é o acesso das pessoas aos remédios caseiros, que são vendidos a baixo custo ou doados a quem não pode pagar. A venda de remédios caseiros é o que sustenta o trabalho.
Apesar da abrangência e importância do trabalho realizado, os grupos que trabalham nas farmacinhas comunitárias expressam muita preocupação em prestar um serviço informal de saúde à comunidade, sem o reconhecimento por políticas públicas, e sem atender às exigências da Vigilância Sanitária.
A estratégia identificada pela Articulação Pacari para que os grupos comunitários começassem a superar esta insegurança, foi a de influenciar a formulação de políticas públicas e fortalecer a ação desses grupos através de capacitações em cursos de boas práticas populares de uso e manejo de plantas medicinais do Cerrado (...)"



Livro “Farmacopéia Popular do Cerrado”

Livro Farmacopéia Popular do Cerrado 
Esta publicação é resultado de uma pesquisa popular sobre plantas medicinais do Cerrado, com a autoria de 262 raizeiras e raizeiros do Cerrado e representantes de farmacinhas comunitárias.

Farmacopéia Popular do Cerrado pretende ser precursora à elaboração de farmacopéias populares nos diferentes biomas brasileiros, vislumbrando a elaboração da Farmacopéia Popular Brasileira, como um instrumento político para o reconhecimento social da medicina tradicional praticada por comunidades locais e povos indígenas.

O livro contém conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade, e o acesso a esses conhecimentos para fins de pesquisa científica, bioprospecção e desenvolvimento tecnológico deve estar de acordo com a Medida Provisória Nº 2.186-16 de 23 de agosto de 2001.

domingo, 8 de junho de 2014

Mulheres da Terra

Lindo vídeo.


O poder da semente. 

O poder das ervas. 

O poder das mulheres da terra.

sábado, 24 de maio de 2014

Bálsamo desodorante com óleos essenciais

Receita fácil e natural de um desodorante com óleos essenciais retirado do site: Athena



Ingredientes:
"*Amido de milho 
*Bicarbonato de sódio
*Óleo vegetal (coco, amêndoa, copaíba, semente de uva...)
*Óleo essencial [optativo]




Como fazer:

- Coloque uma parte de bicarbonato e outra igual de maizena (eu que tenho a pele muito sensível, coloco um pouco menos bicarbonato)

- Misture bem em um recipiente de louça ou vidro e vá acrescentando óleo vegetal (usei óleo de coco) até ganhar uma consistência homogênia e cremosa.

-Adicione de 5 a 10 gostas de óleo(s) essencial(is) a seu gosto e mexa bem. Sugestões: óleo tea tree, limão, capim-cidreira, lavanda.

Agora é só guardar em um recipiente com tampa e pronto!


OBS: a consistência do desodorante tende a endurecer com o tempo, mas ele ainda continua bom. Se endurecer muito a ponto de não poder usar, adicione algumas gotas de óleo vegetal."

Para esta receita você poderá substituir o amido de milho por farinha de araruta. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Re-plante!

Post interessantíssimo encontrado neste site aqui...


kitchn

CEBOLINHA
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"Quando for usar a cebolinha, separe toda a parte branca e mais um pedacinho da parte verde. Coloque dentro de um copo com água, cobrindo cerca de 2,5 cm (a parte branca). Deixe num local ensolarado e dentro de poucos dias, terá cebolinhas novas para usar e não precisará mais comprar. Troque a água todos os dias. Se tiver um quintal, também poderá replantar(...).

MANJERICÃO

blogspot
Acho o mais saboroso e o mais cheiroso dos temperos. Separe mais ou menos três pares de hastes, corte-as com uns 10 a 15 cm, escolha as mais bonitas, retire as folhas da parte de baixo, também as flores, deixando apenas algumas folhas na parte superior. Coloque num copo de vidro com água até a metade e deixe num lugar ensolarado, trocando a água de dois em dois dias. Depois, quando as raízes estiverem com o tamanho de 2 cm  é hora de replantar num vaso médio, grande ou numa floreira, pois ele precisa de espaço e de sol. Assim terá manjericão por um ano sem problemas, para molhos pesto, pizzas marguerita e qualquer outro prato #delícia.

HORTELÃ

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Funciona da mesma forma que o manjericão. Depois precisa ser plantada também em um vaso maior e com furos em baixo, pois necessita de solo drenado e de muita água. Em nenhum momento a terra poderá ficar seca. Então cuidado com o sol da tarde. Você também viu, passou o protetor hoje?!

ALECRIM

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Faça o mesmo processo inicial do Manjericão e da Hortelã. Depois plante os galhinhos em um vaso com furos em baixo para drenar a água, numa mistura de 2/3 de areia grossa e 1/3 de terra musgo. Pela composição da terra, já se percebe que ele não curte muita água, então não regue demais, mantenha-o num local ensolarado. Vá cortando os galhinhos quando precisar, depois replante de novo. Essa técnica pode ser usada com outros temperos, como o coentro.

ALHO

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Aqui vamos aproveitar as folhas do bulbo. Não precisa ser replantado, se colocado os dentes numa vasilha de vidro com água, crescerá brotos que ficarão ótimos com batatas assadas, húmus, guacamole e qualquer tipo de salada por exemplo, mas use apenas as extremidades, que são mais saborosas. Para replantar o alho propriamente dito, é bem mais trabalhoso, veja o passo a passo.

CENOURA

Igual ao alho, vamos aproveitar as folhinhas. Também não precisa plantar, poderá usar as folhas para complementar sopas, saladas e até drinks de frutas, pois são muito nutritivas. Usará exatamente aquela parte da cabeça da cenoura que todos jogam fora. Assim como na imagem, o ideal é colocar várias numa vasilha com água pela metade, em 15 dias começam a brotar.

Alface Romana

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Poderá partir para o cultivo hidropônico. Basta pegar a cabeça do alface, aquela que ia jogar fora, e colocar numa vasilha com água, troque sempre que necessário. Não terá aquele alfação, mas será o teu alfacinho #tibunitinho.

Aipo (Salsão)

aipo
Muito usado hoje nas sopas de regime, então melhor replantar para não ficar gastando dinheiro. É só cortar lá no talo, uns 5 cm, e deixar numa vasilha como um pires mais fundo com água, trocando sempre (ou use um copo cheio de água). Umedeça também a parte de cima da planta para não ressecar. Deixe num local ensolarado. Vai ver que folhinhas amarelinhas brotarão no centro, depois ficarão verdes. Após 5 a 7 dias de completo brotamento das folhas, passe para um vaso com uma boa mistura de terra e furos para drenar a água e em breve terá talos de salsão para seus pratos e sopas.

ACELGA

Da mesma forma que o Aipo, reutilizar a parte inferior (raiz), “inútil”, da verdura. Tudo muito fácil.

ALHO-PORÓ
Da família da cebolinha e tal qual, também brota fácil na água. Corte o talo com a parte da raiz, uns 5 cm, e coloque num recipiente não muito fundo ou apoie com dois palitos, um de cada lado, com água até o começo da raiz e vá cuidando para que não evapore e seque. Se for época de temperatura baixa, poderá manter na água mesmo, mas se for verão, replante num vaso com terra preparada, após criar as raízes. E as folhinhas brotarão e brotarão…

ERVA CIDREIRA
erva cidreira
Não é preciso ter aquela moita enorme. Consiga cinco ou seis talos, deixe na água até criar as raízes e passe para o vazo com a terra já preparada. Ela suporta bem o sol, deve ser regada normalmente, assim terá sua erva cidreira para aquele chá quando estiver sem sono… #amomuitotudoisso.

CEBOLA

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Com a extremindade da raiz descartada da cebola, faça a mesma técnica da água que a cebolinha, e tantas outras que citamos. Então, após aparecer as raizes, coloque ao sol em um vaso com terra de qualidade ou diretamente no solo do lado de fora.  


Essa são os mais fáceis e mais aproveitáveis no nosso dia a dia. Mas é claro que tem muita coisa interessante e bem mais complicada, por exemplo:
  • Batata doce e Abacaxi Nesse site, além dos que já ensinamos, detalham como reaproveitar essas duas delícias, ótimas para saúde.
  • Gengibre – Nesse outro site, existem várias dicas de replantio. A flor do gengibre é muito bonitinha, acho que vou fazer pra deixar de decoração.
  • Abacate – Embora use a semente, é um clássico. Até meus filhos fizeram isso na escola, só não tinha onde plantar depois. Passo a passo aqui.
Boa saúde e boa colheita!!!"

Fonte

Capim-Santo para amenizar cólicas

Lembro da minha avó materna fazendo esse chazinho, com folhas frescas, quando nos recebia na cozinha da sua casa. Náquela época eu ainda não sabia que era mesmo um santo remédio para cólicas menstruais. 

O capim-santo, ou como é mais conhecido, Capim-limão (lemongrass, na aromaterapia), além de ser um excelente analgésico natural, na forma de chá, aliviando as contrações uterinas, também pode ser usado para fazer bolsas térmicas na região do ventre. 

Além disso, seu óleo essêncial, diluido em óleo vegetal, pode ser usado para massagear os pés e as pernas, favorecendo a circulação sanguínia e diminuindo a retenção de líquidos, que costumam acontecer neste período.